Por que a Música pop atual é menos variada e alta que no passado?

Aumento da  compactação das faixas das canções e diminuição no número de timbres e acordes utilizados contribui para a uniformidade dos artistas atuais.




Uma análise publicada na revista Scientific (Economist.com), sobre a evolução da música da década de 50 até os dias de hoje, detectou que a atual música é mais pobre e mais alta. Os pesquisadores descobriram que as músicas atuais confiam nas mesmas técnicas de composição daquelas gravadas na década de 1950 — quase todas as melodias populares são compostas por somente 10 acordes. Além disso, atualmente há mais similaridade entre os timbres dos instrumentos, que se tornaram mais uniformes após o fim da década de 60.
Na realidade, a música caiu, desde o final dos anos 90, em um poço sem fundo. Dia após dia, a cada lançamento da indústria, mostra sonoridades, mais parecidas e mais compactadas.
É que, desde a década de 70 os produtores e empresários fonográficos, descobriram que se utilizando de aparelhos que comprimem o som (basicamente aproximando o volume dos sons mais baixos dos mais altos) se obtinha uma sonoridade com sensação de mais volume, o que chamava mais atenção pra essa faixa nas rádios. E desde então vem se compactando cada vez mais ao ponto de se crucificar completamente a dinâmica musical. Um sussurro tem exatamente o mesmo volume de um grito.
Alias o Pop norte americano, não só é comprimido, como enlatado. Parece que desenvolveram uma fórmula mágica de se fazer dinheiro. E utilizam-se dela seguida e desenfreadamente. São os mesmos acordes, os mesmos arranjos, o mesmo desenho vocal (que me recuso a chamar de interpretação), além de, é claro, todo aquele apelo sexual e polêmicas que a gente já sabe.
É quase um apocalipse musical, um país que já teve: Elvis Presley, Frank Sinatra, Whitney Houston e uma infinidade de nomes de altíssimo calibre, hoje abrigar músicas com cantores ‘mais ou menos’, com um arranjo cheio de clichês e batidas eletrônicas muito ‘batidas’, usando-se o básico pra finalizar a musica, muitas vezes bastando-se o uso de um teclado e uma batida ‘sampleada’. Tudo isso, é claro, com uma produção musical absurdamente pobre, e bem genérica, usando-se de fórmulas de bolo, seguidas a risca; afinal, o produtor não pode perder tempo com nenhum artista, “time is Money”.
Agora, não podemos também generalizar, existem músicas de altíssimo nível sendo produzido mundo a fora. Basta simplesmente tirar o foco do mercado norte americano, e olhar pra Europa por exemplo. O pop italiano e o inglês, por exemplo têm uma sonoridade absurdamente “cheia”, com uso de muitos instrumentos, muita inovação e ousadia. Já na França, se encontra um leque aberto de estilos, é inclusive de onde o pop americano copia as tendências, pesquise pela cantora Alizeè. Mas o pop francês tem sonoridades riquíssimas também, como Calogero. Alias, o cenário europeu é repleto de grandes nomes: Phil Collins, Lara Fabian, Laura Pausini, Calogero, Elisa Toffoli, Elton John, Susan Boyle e etc. Sem contar que outros gêneros na Europa estão absurdamente mais evoluídos.
Mesmo o Brasil que atualmente tem copiado e piorado bastante a indústria Pop, exporta grandes músicos, que infelizmente acabam fazendo mais sucesso no exterior. Por exemplo a cantora Ithamara Koorax, que já recebeu prêmios diversos no exterior, dentre eles o de melhor cantora e jazz.
Cabe apenas a nós, filtrarmos o que escutamos. A música continua existindo, e tem pra todos os gostos, a internet está aí pra facilitar na busca. E lembre-se, cada um escuta o que merece. ;)

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2 comentários:

  1. Muito bom.
    "E lembre-se, cada um escuta o que merece."

    Site favoritado, continue com o ótimo trabalho!

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