Como fica a situação do dólar até o fim de 2023?
Como vocês sabem, o dólar é uma das moedas mais importantes do mundo e influencia a economia de vários países, inclusive a do Brasil. Mas como será que o dólar vai se comportar nos próximos dois anos? Será que vai subir ou cair? Quais são os fatores que podem afetar a sua cotação? Vamos analisar algumas possibilidades neste post.
Primeiro, vamos lembrar como foi a trajetória do dólar nos últimos anos. Em 2020, o dólar teve uma forte alta em relação ao real, chegando a bater R$ 5,90 em maio daquele ano. Isso se deveu principalmente à pandemia de covid-19, que gerou uma crise sanitária e econômica global, aumentando a demanda por dólares como reserva de valor e reduzindo a oferta de reais pela queda das exportações e do turismo. Além disso, o Brasil enfrentou uma instabilidade política e fiscal, com baixa credibilidade do governo e risco de rompimento do teto de gastos.
Em 2021, o dólar teve uma leve queda em relação ao real, fechando o ano em torno de R$ 5,20. Isso se deveu principalmente à melhora da situação da pandemia, com o avanço da vacinação e a retomada da atividade econômica em vários países. Além disso, o Brasil conseguiu aprovar algumas reformas estruturais, como a administrativa e a tributária, que melhoraram as expectativas dos investidores e reduziram o risco-país. Por outro lado, o país ainda enfrentou alguns desafios, como a crise hídrica e energética, a inflação elevada e as tensões políticas.
Quais são as projeções para o dólar?
Bom, isso depende de vários fatores, tanto internos quanto externos. Vamos ver alguns deles:
- O cenário internacional: um dos principais fatores que podem influenciar o dólar é a política monetária dos Estados Unidos. O Federal Reserve (Fed), o banco central americano, já sinalizou que pretende elevar os juros básicos da economia em 2022, para conter a inflação e normalizar a política após os estímulos fiscais e monetários adotados durante a pandemia. Isso pode fortalecer o dólar em relação às demais moedas, pois torna os ativos americanos mais atrativos para os investidores. Por outro lado, isso também pode gerar uma saída de capitais dos países emergentes, como o Brasil, que têm juros mais altos e mais risco. Outro fator externo que pode afetar o dólar é o desempenho da economia mundial. Se houver uma recuperação mais forte e sincronizada do crescimento global em 2022 e 2023, isso pode favorecer as exportações brasileiras e aumentar a oferta de dólares no país. Por outro lado, se houver uma desaceleração ou uma nova onda de covid-19, isso pode prejudicar as exportações brasileiras e reduzir a oferta de dólares no país.
- O cenário doméstico: um dos principais fatores que podem influenciar o dólar é a política fiscal do Brasil. O governo brasileiro tem um elevado déficit público e uma dívida pública crescente, que comprometem a sustentabilidade das contas públicas e aumentam o risco de insolvência. Para reverter essa situação, é preciso fazer um ajuste fiscal consistente e crível, que envolve cortar gastos públicos desnecessários e aumentar as receitas tributárias. Isso pode melhorar a confiança dos investidores e reduzir a pressão sobre o câmbio. Por outro lado, se o governo não conseguir fazer esse ajuste fiscal ou se houver uma piora do cenário político em função das eleições presidenciais de 2022, isso pode piorar a confiança dos investidores e aumentar a insegurança e o Dólar.
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